sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A semana (17-23/12)

Finanças


My Life in Finance – A Annual Review of Financial Economics a cada edição escolhe um autor importante em Finanças para uma espécie de “autobiobliografia” (expressão minha), onde o autor escreve um pouco de sua biografia e principalmente de seu trabalho. Na primeira edição foi Paul Samuelson, na segunda Markowitz e na terceira Eugene Fama no artigo aqui referenciado. Alguns destaques: 1) Uma acusação que se faz sobre Fama era que ele ignora que a distribuição de retorno das ações possui caudas longas. Mas a tese de doutorado dele é justamente sobre isso! E em “nauseantes detalhes”. 2) A impressão que eu tenho é que muitas pessoas pensam que acadêmicos se comportam como torcedores de futebol e praticamente partem para a agressão quando divergem. Fama relata um debate com keynesianos que ele não sabe se venceu, mas tem quase certeza que venceu o torneio de tênis que sucedeu o debate. (É um pouco como a política brasileira. As pessoas, principalmente os eleitores mais “engajados”, pensam que os principais partidos brigam entre si como se estivessem em uma guerra entre o bem e o mal. Mas isso ocorre só durante as eleições. Acabada a disputa para quem vai ficar com a maior parte do dinheiro, são todos amiguinhos). Ainda, Andrew Lo, coeditor da revista e crítico da HME, é referido como “Andy” nos agradecimentos. 3) Outro estereótipo que se cria de Fama é que ele é um fanático da HME. No próprio artigo sobre o modelo de três fatores, na parte em que escreve sobre a falha do modelo em explicar os retornos das ações pequenas e de alto Valor de mercado/Valor Contábil, Fama e seu co-autor (French) escrevem que o modelo, como qualquer outro, é falho. E no artigo, quando trata da hipótese conjunta entre HME e um modelo de precificação de ativos, ele escreve que eficiência de mercado não é testável por si só. 4) Na página 9 do artigo, Fama escreve sobre a contribuição do CAPM (não que ele tenha algo a ver com o CAPM) para o debate sobre o desempenho de fundos e representou uma virada de tendência da gestão ativa para a gestão passiva. Nas palavras dele, o CAPM fez com que a gestão ativa “plantasse os pés no chão” e com que os gestores ativos soubessem que seus pés estariam no fogo para sempre. HME e CAPM são dadas como estrelas da morte de Wall Street, mas está mais para o contrário. Após a aplicação do CAPM à análise de fundos (no Alfa de Jensen) surgiu o questionamento sobre se o retorno obtido por um gestor é beta (risco) ou alfa (desempenho superior). A incômoda hipótese da HME, comprovada em diversas ocasiões, é: Os retornos, mesmo de profissionais, são beta, não alfa. 5) Ainda vou ler os artigos das edições anteriores.

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Big Government Causes Crime, the Norwegian Version – “I guess the moral of the story is that if you outlaw butter, only outlaws will have butter.”

Tweet da Semana
@ bomdiaporque: “Resumo de todas as notícias de economia: "ainda vai sobrar pra você".”

Frase da semana
Empresariado quer ajuda para enfrentar importados – E consumidores querem comprar produtos bons e baratos.

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