quinta-feira, 5 de março de 2009

Balanços (04-05/Março/2009)

Dois balanços que merecem algumas observações:

Braskem: Por enquanto, é o maior prejuízo dentre as empresas de capital aberto (a Aracruz ainda pode ultrapassá-la...), quase R$ 2,5 bi. A razão foi a despesa financeira com variações cambiais. Observando-se a Demonstração de Valor Adicionado, é possível ver que o único público que não pode ter valor negativo é o "Pessoal". Impostos podem ser negativos devido ao Imposto Diferido, incentivos fiscais e créditos de impostos e Capital de Terceiros pode ser negativo se as despesas financeiras forem positivas (caso da variação cambial, considerada despesa mas que pode impactar positivamente o lucro). Capital Próprio perde valor com prejuízo, óbvio.

CC Des Imob: O Lucro Líquido registrado no balanço de 2007 foi de R$6,1 mi (R$ 24mi desconsiderando despesas com IPO). No balanço de 2008, por conta da convergência para o IFRS, o resultado líquido de 2007 aparece como um prejuízo de R$21,3 mi, R$ -3,3 mi sem despesas com IPO. A reação natural é: esses números são pura ficção! A maioria das divergências 07/08 são pequenas, algumas desprezíveis. Mas você não saber se a empresa deu lucro de R$6,1mi ou prejuízo de R$21,3 mi já é um exagero. O Valor Econômico de 5/03/2009 falou disso e explica os ajustes que tiveram que ser feitos. Provavelmente, as demais companhias do setor terão que fazer ajustes drásticos (a CCDI foi a primeira a divulgar balanço). Em todo caso, considero o lucro de 2008 como R$51.753mil e o prejuízo de 2007 R$3.296mil (ajustado por despesas com IPO).

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